A impulsividade pode levar a comportamentos prejudiciais para o indivíduo e para os outros, causando sofrimento e impacto negativo na vida social, profissional e pessoal.
Se você tem vontade de fazer algo e não consegue resistir, causando danos para si e outras pessoas, pode estar sofrendo de Transtorno de Controle de Impulso (TCI), um comportamento que, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), pode estar ligado a transtornos de humor (depressão e bipolaridade) e ansiedade.
O TCI, de forma geral, é uma falha no controle dos impulsos (comprar, jogar, fazer sexo, usar drogas, roubar, etc) e o sujeito afetado tende a não questionar esses desejos, pois os reconhece como fazendo parte de si (egossintônicos), o que leva a comportamentos repetitivos e muitas vezes prejudiciais.
Dessa forma, a pessoa com TCI realiza o seu desejo porque pretende obter prazer com o ato, sem pensar nas consequências, mesmo que depois se arrependa. Pessoas bipolares geralmente apresentam TCI durante a fase da mania.
Em alguns casos, o TCI é confundido, ou tido, como uma forma de TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo.
Contudo, no TOC, os sintomas costumam provocar sofrimento na execução do ritual usado para aliviar a tensão, angústia e ansiedade.
Nesse caso, o comportamento realizado no TOC é gerado por uma questão obsessiva, intrusiva, que é questionável pela pessoa, mas não controlável, geralmente. Nesse sentido, torna-se algo egodistônico (que não é da pessoa, vem de fora).
Os TCIs mais conhecidos são Oniomania (compras compulsivas); Ludopatia (compulsão por jogo); Cleptomania (roubar objetos); Tricotilomania (necessidade de arrancar cabelos e pelos); Vício em sexo (atos ou pensamentos sexuais compulsivos); Transtorno explosivo intermitente (surtos de raiva física ou verbal); Piromania (necessidade de causar incêndios); Cyber Addiction (compulsão por internet e afins); Automutilação, Ciúmes patológicos, e impulsos agressivos também são considerados um TCI.
As causas desse transtorno ainda estão sendo discutidas, mas estudos apontam para desequilíbrio em algumas áreas do cérebro, como o lobo frontal, que controla os impulsos.
De maneira geral, acredita-se que os os TCIs sejam o resultado de uma combinação de fatores:
Genética: Estudos sugerem que a genética pode ter um papel importante no desenvolvimento dos TCs.
Fatores Neurobiológicos: Desequilíbrios nos neurotransmissores cerebrais, principalmente dopamina e serotonina, podem estar relacionados aos TCIs.
Fatores Ambientais: Eventos traumáticos, negligência ou abuso na infância, e exposição a modelos impulsivos podem aumentar o risco de desenvolver um TCI.
O tratamento geralmente inclui acompanhamento psicoterapêutico e psiquiátrico.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é umas das abordagens psicológicas mais eficazes, ajudando o paciente a identificar e modificar pensamentos e comportamentos impulsivos, desenvolver estratégias de enfrentamento e lidar com os gatilhos dos comportamentos impulsivos.
A maioria das pessoas com TCs pode aprender a controlar seus impulsos e melhorar a qualidade de vida. A eficácia do tratamento é individual e varia de acordo com a gravidade dos sintomas, o tipo de TCI e o comprometimento com o tratamento.
A TCC é uma abordagem eficaz com resultados comprovados por pesquisas científicas. Entre em contato para marcar uma sessão on-line ou presencial. Ficaremos felizes em ajudar. Watts: (85) 99757.9625.
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